O que encontro aqui sou eu, sou você, e nós
somos a parcela dos que não se encontraram
na realidade como ela é.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Solidão Anos Luz, curta-metragem

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre perdas

Permaneço aqui. Comecei a escrever um livro, não por aventura ou surto do momento. Este final de semana trouxe consigo mais um acontecimento desagradável de família. Nada de diferente, só o esperado, previsto, não solucionado, corriqueiro. Sempre muito dolorido. O amigo psicanalista disse então "Você deveria escrever um livro". Minutos depois de gritar com ele, porque claro, meus nervos estavam sob a pele, peguei caneta, caderno e iniciei. Espero ir longe.

Já perdi muita coisa, física, emocional, informações, acontecimentos, etc. Hoje, quando perco um simples texto que acabara de começar a escrevê-lo, me faz rapidamente chateado. Nada que minha memória fraca e desapegada não esqueça nos minutos seguintes. Mas sei que isso não adianta, a memória não apaga nada. Mesmo algo que não se lembre, existe. E nisto permaneço, aqui.

Estou com dificuldades em escrever aqui, na verdade sempre tive de escrever de um modo geral. Principalmente, quando é uma aparentemente obrigação, acontece que não quero perder o que já tive aqui; quem já tive aqui. Está me fazendo bem de certo modo, saber que existe aqui. E nisto, permaneço aqui.

Enquanto isso, vamos buscando novas idéias...
Trilha sonora do dia: Felipe Borges in MySpace.

sábado, 14 de novembro de 2009

Não sou eu (1) (escrito aos poucos)

1º Papel embrulhado.
Olá. Atenção: somente você poderá ler isto. Espero que esteja em um dia bom. Hoje a minha vida depende de você. Você é o primeiro. O meu primeiro. Eu não escuto, não falo e pouco me mexo. Só vejo. Estas palavras que se formam ou que falam contigo agora sou eu. Eu existo no seu pensamento. Só nele. Você é o responsável neste momento em diante, de que ninguém se comunique com palavras. Só pelos olhos, pelas ações, pelas reações, expressões, pelo movimento. Talvez fosse bom se pudéssemos passar a diante as responsabilidades que nos chegam. Seria, e não é este o caso. Não quero parecer rude, mas preciso de você por hoje, e só. Trouxe comigo um saco, dentro dele existem outras conversas como esta. Você é o único que não pode pegar outra. Você deve agora, guiar as pessoas para que peguem outras conversas. Eles devem lê-las para si. Claro que o que estou te pedindo pode ser muito difícil. Imagine realizar todos meus pedidos aí fora, fora de você inclusive, sem usar a fala? Faça o que puder, mas o mais próximo do que lhe pedi. Não fuja, não tema e principalmente, não me deixe. Chegará um momento, que alguém terá em mãos uma folha em branco. Você saberá o que fazer com esta pessoa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Pensamento rápido #4

Estou variavelmente bem. Meio cansado, ainda em recuperação da gripe, mas sem nenhum grande distúrbio. O problema com a minha conta de Internet ainda está em processo, fora isso, nenhuma novidade terrivelmente legal.


Eu tinha medo que este blog se tornasse um espaço negativo, mas acho que estou caminhando em deixá-lo mesmo com a cara que eu queria: um diário absolutamente desprovido de maiores intenções, mas que fosse claro, sincero e que eu pudesse dialogar com outras pessoas livremente.


Bem, estou meio sem criatividade para escrever qualquer coisa, sobre mim ou sobre os outros. Fica aqui hoje, uma satisfeita visão de felicidade.

José González - Heartbeats