Talvez ninguém nunca entenda
Há 7 anos
diário de um.
O que encontro aqui sou eu, sou você, e nós
somos
a parcela dos que não se encontraram
na realidade como ela é.
Trilha sonora do dia: Felipe Borges in MySpace.
Olá. Atenção: somente você poderá ler isto. Espero que esteja em um dia bom. Hoje a minha vida depende de você. Você é o primeiro. O meu primeiro. Eu não escuto, não falo e pouco me mexo. Só vejo. Estas palavras que se formam ou que falam contigo agora sou eu. Eu existo no seu pensamento. Só nele. Você é o responsável neste momento em diante, de que ninguém se comunique com palavras. Só pelos olhos, pelas ações, pelas reações, expressões, pelo movimento. Talvez fosse bom se pudéssemos passar a diante as responsabilidades que nos chegam. Seria, e não é este o caso. Não quero parecer rude, mas preciso de você por hoje, e só. Trouxe comigo um saco, dentro dele existem outras conversas como esta. Você é o único que não pode pegar outra. Você deve agora, guiar as pessoas para que peguem outras conversas. Eles devem lê-las para si. Claro que o que estou te pedindo pode ser muito difícil. Imagine realizar todos meus pedidos aí fora, fora de você inclusive, sem usar a fala? Faça o que puder, mas o mais próximo do que lhe pedi. Não fuja, não tema e principalmente, não me deixe. Chegará um momento, que alguém terá em mãos uma folha em branco. Você saberá o que fazer com esta pessoa.
Partindo da obra "A Insustentável Leveza do Ser" de Milan Kundera, que se serve da doutrina do Eterno Retorno de Nietzsche para justificar e distinguir o leve do pesado, proponho adoptar o conceito da repetição eterna para tornar o leve em pesado. Segundo Nietzsche, a vida que levamos (e os respectivos acontecimentos que ocorrem) não acabam na nossa morte mas serão sim repetidos vezes sem conta, durante toda a eternidade. Perante este conceito, Milan Kundera defende que, se considerarmos que a mais pequena e leve acção que podemos tomar se vai repetir eternamente, essa acção passa de insignificantemente leve para extremamente pesada. Sugiro então a utilização de um objecto/acção que é leve por natureza e, repetindo-o indefinidamente, torná-lo pesado à medida que o tempo avança.
O conceito gira em torno de uma personagem indefinida que sofre da condição de ser fisicamente leve. Esta condição é algo que a condena a nunca conseguir terminar qualquer objectivo ou acção a que se propõe, uma vez que, a qualquer momento, causas exteriores a impedem de o conseguir. Aplicando a doutrina do Eterno Retorno de Nietzsche, apercebemo-nos de que uma existência aparentemente leve se torna pesada quando sujeita a uma repetição constante.
Poema de Mata-Munhoz editado através de antigas imagens de arquivo e a contundente "Ase's Death" de Grieg como pano de fundo. Edição e Montagem de João Henrique Bayão e Frederico Giacomini. Dublin, 2006.
Ao contrário do que muitas pessoas dizem, a depressão é uma doença muito grave e não é apenas frescura de pessoas “bem de vida”. O grande preconceito começa pela anulação da pessoa, que sofre com esta terrível doença da alma e do corpo, depressão é doença da alma e do corpo, e traz conseqüências devastadoras na vida das pessoas.
Os principais sintomas da depressão são: tristeza, sentimento de abandono, crises de choros, fraqueza do corpo e da alma, perca da auto-estima, sentimentos de culpa, acúmulo de sofrimentos e tristezas, falta de vontade de viver, isolamento, e em casos mais graves: agressividade, irritamento, mudanças de humor, insônia, dependência química, e infelizmente o suicídio.
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